Importações brasileiras de painéis solares da China crescem 36%

O Brasil sofreu um aumento considerável da importação de painéis solares vindos da China. De acordo com um estudo realizado pela InfoLink Consulting, empresa de análise de mercado, o país registrou um crescimento de 36% em agosto, em relação ao mês anterior.

O crescimento da importação do produto chinês no primeiro semestre deste ano colocou o Brasil no segundo lugar do ranking de maiores importadores de painéis solares do país asiático. Além disso, segundo uma análise do think tank de energia Ember, os brasileiros consumiram o equivalente a 9,5 GW nos primeiros seis meses de 2023 com as placas chinesas, ficando atrás apenas da Europa.

Os especialistas apontam diversas razões por trás desse crescimento. Um deles é o boom pela procura de formas alternativas de produção de energia elétrica diante do colapso ambiental provocado pelo aquecimento global. No fim de setembro, a Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês) reportou que será necessário aumentar em três vezes a capacidade global de energias renováveis, subindo ​​para 11 terawatts (TW) até 2030, para evitar que o planeta aumente sua temperatura em 1,5°C até o fim deste século.

Falando especificamente de Brasil, outro fator bem importante foi o fato de o governo ter zerado os impostos sobre importação de produtos desse mercado, a fim de ampliar o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis). A medida, implementada em março deste ano, determinou que os painéis solares tenham isenção total de PIS/Cofins, Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto de Importação. O benefício deve ser aplicado até dezembro de 2026.

Dessa forma, as fábricas de placa solar em operação no Brasil diminuirão suas despesas, e empreendedores serão estimulados a investir em novas instalações.

Brasil é o 4º país que mais emprega no setor de energia solar

Além disso, o mercado de usinas fotovoltaicas de minigeração distribuída está mais quente do que nunca. Segundo a Agência Internacional de Energia Renovável (Irena), o Brasil foi o quarto país do mundo com mais empregos em energia solar em 2022. Na frente dele estão apenas China, Índia e Estados Unidos.

A energia solar também é a segunda fonte renovável que mais emprega no Brasil, com 214 mil postos de trabalho. Ela fica atrás somente do setor de biocombustíveis, que possui 856 mil trabalhadores.

Outro ponto positivo é a presença feminina no setor. A pesquisa da Irena identificou que as mulheres estão em 40% dos postos de trabalho no setor de energia solar fotovoltaica. É quase o dobro da taxa apresentada pela energia eólica e a gás, nas quais elas ocupam 21% e 22% dos cargos, respectivamente.

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