
Cuidados e riscos no procedimento de extensão de cílios: o que você precisa saber

A busca por cílios mais longos, volumosos e curvados fez da extensão de cílios uma das técnicas estéticas mais procuradas nos últimos anos. Mas apesar de todo o apelo visual, o procedimento não é isento de riscos — especialmente quando feito sem os cuidados necessários.
Entender os perigos, saber como minimizá-los e garantir que a estética não se sobreponha à saúde é essencial para quem realiza ou deseja realizar esse procedimento.
A função dos cílios naturais e por que preservá-los
Mais do que uma moldura estética para o olhar, os cílios têm um papel protetor fundamental. Eles impedem a entrada de poeira, partículas em suspensão e micro-organismos diretamente nos olhos. Além disso, estimulam o reflexo do piscar, que ajuda a manter a córnea lubrificada e protegida.
Ao aplicar extensões em excesso, com técnicas inadequadas ou colas agressivas, essa barreira natural pode ser comprometida. Estudos realizados por instituições como a American Academy of Ophthalmology já apontam para a perda da função fisiológica dos cílios naturais em casos de uso prolongado e mal executado das extensões.
Esse é um dos motivos pelos quais é tão importante escolher profissionais qualificados e que utilizem materiais certificados.
Quais são os principais riscos da extensão de cílios?
Embora não seja um procedimento invasivo, a extensão de cílios envolve riscos que merecem atenção. Entre os mais comuns estão reações alérgicas, infecções, irritações oculares e danos aos cílios naturais.
1. Reações alérgicas e irritações
A cola usada para fixar os fios artificiais é frequentemente a vilã. Muitas delas contêm formaldeído — uma substância potencialmente cancerígena segundo a Organização Mundial da Saúde —, que pode causar irritação, coceira, vermelhidão e até queimaduras químicas nos olhos e pálpebras.
Ainda que os profissionais sérios realizem testes de sensibilidade antes do procedimento, reações tardias podem acontecer dias após a aplicação. Daí a importância de sempre perguntar sobre a composição da cola e exigir produtos hipoalergênicos e testados dermatologicamente.
2. Infecções e inflamações
A blefarite — inflamação das pálpebras — é uma das complicações mais comuns relatadas por profissionais de saúde. Ela acontece geralmente quando há acúmulo de resíduos, bactérias ou oleosidade ao redor da base dos cílios.
A falta de higienização adequada dos instrumentos utilizados também pode resultar em conjuntivite, ceratite e até infestação por ácaros do tipo Demodex, presentes naturalmente na pele mas que, em excesso, podem desencadear problemas sérios.
Segundo o Hospital de Olhos de São Paulo, o uso constante de extensões mal higienizadas aumenta em até 40% a chance de desenvolver infecções oculares.
3. Perda dos cílios naturais
O uso frequente de extensões sem os devidos intervalos pode enfraquecer os fios naturais, provocando sua queda ou afinamento. Isso ocorre quando o peso das extensões interfere na capacidade dos folículos em sustentar os fios, causando falhas e quebra.
O ciclo natural de crescimento dos cílios também pode ser alterado, prejudicando o nascimento de novos fios em longo prazo.
Como reduzir os riscos e garantir uma extensão segura?
Minimizar os riscos da extensão de cílios envolve desde a escolha do profissional até os cuidados diários pós-aplicação. Veja a seguir o que considerar.
Profissional qualificado
A escolha de um bom profissional é o ponto de partida. Certifique-se de que ele tenha formação específica, siga protocolos de biossegurança e utilize produtos devidamente registrados e testados. Vale lembrar que salões confiáveis oferecem sempre orientações claras antes e depois do procedimento.
Uma dica útil para quem deseja entender melhor esse universo é explorar conteúdos educacionais de referência sobre lash designer, que ajudam a entender a formação, técnicas e práticas seguras envolvidas no processo.
Ambiente limpo e materiais de qualidade
O ambiente de atendimento deve estar sempre limpo, com materiais esterilizados e uso de descartáveis quando necessário. Colas e fibras precisam ter procedência conhecida e composição segura, com o mínimo de componentes alergênicos.
Cuidados no dia a dia
- Evitar molhar os cílios nas primeiras 24 horas após o procedimento;
- Não usar rímel à prova d’água;
- Limpar delicadamente a área dos olhos com produtos específicos;
- Evitar coçar ou puxar os fios.
Essas recomendações ajudam a manter a durabilidade das extensões e a saúde dos cílios naturais.
Alternativas seguras: quando optar por outros métodos
Se você apresenta sensibilidade ocular ou tem histórico de alergias, pode ser interessante considerar outras opções para valorizar o olhar. O lash lifting, por exemplo, utiliza produtos que curvam os cílios naturais sem a aplicação de fios artificiais. A técnica costuma ser menos agressiva e oferece bons resultados para quem busca naturalidade.
Outra alternativa são os séruns para crescimento de cílios. Alguns produtos, como os à base de prostaglandina, têm eficácia comprovada, mas é importante consultar um oftalmologista antes do uso — já que existem relatos de efeitos colaterais como alteração da cor da íris e escurecimento da pele ao redor dos olhos, como explica a Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Conclusão
A extensão de cílios pode, sim, ser um recurso estético eficaz e seguro, desde que realizada com os devidos cuidados. A saúde ocular deve estar em primeiro lugar, e procedimentos com potencial de risco precisam ser acompanhados de conhecimento técnico, higiene e atenção constante.
Se você deseja aprender mais sobre o universo da extensão de cílios e entender como fazer esse procedimento com segurança e qualidade, vale buscar formações e conteúdos informativos confiáveis.
Tomar decisões conscientes é o melhor caminho para conciliar estética e bem-estar.
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