Vacinação contra HPV garante mais saúde para meninas e meninos

O Ministério da Saúde reforçou, neste ano, a campanha de vacinação contra o HPV (papilomavírus humano), ampliando o público-alvo da imunização. Adolescentes de 15 a 19 anos também podem receber a dose única pelo SUS, que, até então, era direcionada a meninas e meninos dos 9 aos 14 anos.
De acordo com o órgão, a medida visa recuperar a cobertura vacinal entre jovens que não foram imunizados anteriormente, com prioridade para os 120 municípios que concentram os maiores índices de não vacinação. A nova diretriz contempla a adoção de esquema de dose única, seguindo recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
O objetivo é aumentar a cobertura vacinal entre adolescentes, imunizando 90% dessa faixa etária que ainda não recebeu nenhuma dose da vacina. O vírus é o principal responsável pelo câncer de colo de útero e também está associado a outros tipos de câncer, como de vulva, pênis, ânus, vagina, e orofaringe.
As datas e os locais de vacinação podem variar de acordo com a região. No Distrito Federal, por exemplo, a vacinação para esta faixa etária foi prorrogada até dezembro de 2025; Já em João Pessoa, seguirá até o dia 17 de setembro.
A coordenadora-geral de Incorporação Científica e Imunização da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Ana Catarina, destaca que os adolescentes não vacinados representam um problema global, tendo em vista que, além das consequências para a própria saúde, são potenciais transmissores do HPV.
“O desafio é grande porque esse público, dificilmente, procura os serviços de saúde para se vacinar. Por isso, estamos reforçando a vacinação em escolas e outras estratégias para alcançar essa população”, destaca.
Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) também reforçam a relevância da imunização: o câncer do colo do útero é o terceiro mais frequente entre as mulheres brasileiras, excluídos os tumores de pele não melanoma, com cerca de 17 mil novos casos estimados por ano. Esse número representa uma incidência de 15,38 casos a cada 100 mil mulheres.
Entre os homens, embora o câncer de pênis seja menos incidente — cerca de 1,3 caso a cada 100 mil habitantes —, o impacto também é grande. Entre 2007 e 2022, foram realizadas 7.790 amputações penianas pelo SUS, em decorrência da doença.
Além da via sexual, o HPV pode ser transmitido por meio de contato direto com áreas infectadas da pele ou mucosas. Por isso, a vacinação é considerada uma medida preventiva fundamental, e especialistas em pediatria e ginecologia infantil devem orientar pais e responsáveis sobre a importância da imunização precoce em meninas e meninos, ainda na infância ou pré-adolescência.
De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina enfrenta resistência por parte de algumas famílias, impactadas por informações falsas. Boatos sobre supostos riscos à saúde infantil contribuem para a hesitação, embora o imunizante seja comprovadamente seguro e ofereça proteção ao longo da vida.
A conscientização sobre o tema também é um desafio entre os jovens. Estudo da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), publicado na revista Public Health Nursing, revelou que 45,54% dos adolescentes brasileiros não conhecem a vacina contra o HPV.
Saiba como identificar e tratar o HPV
Embora muitas infecções por HPV sejam assintomáticas, há sinais que podem indicar a presença do vírus. Segundo informações da Rede D’or, os sintomas mais comuns incluem verrugas genitais, coceira, desconforto local e formação de placas.
Nas mulheres, as verrugas costumam aparecer nos pequenos e grandes lábios, na vulva ou no colo do útero. Já nos homens, podem surgir na cabeça ou no corpo do pênis e também na bolsa escrotal. Em ambos os sexos, também podem se manifestar em áreas como o ânus ou a cavidade oral.
Por não apresentar sintomas nas fases iniciais, o HPV costuma ser diagnosticado durante exames ginecológicos de rotina, como o papanicolau. Em caso de alterações, o ginecologista pode solicitar uma colposcopia, exame indicado para avaliar o colo do útero, a vagina e a vulva.
Esse procedimento é, por vezes, associado erroneamente a exames intestinais. A colposcopia não deve ser confundida com o que é colonoscopia, que é voltada para o rastreamento de alterações no intestino grosso, como pólipos e tumores.
A Rede D’or também informa que, enquanto o diagnóstico nas mulheres é feito principalmente pelo ginecologistas, nos homens cabe ao urologista. Caso a pessoa apresente lesões anais, também pode ser avaliada por um proctologista.
O tratamento do HPV deve ser definido por um profissional de saúde, de forma individualizada, levando em conta aspectos como a extensão, a quantidade e a localização das lesões, além da disponibilidade de recursos e possíveis efeitos colaterais, conforme aponta o Ministério da Saúde.
As opções variam entre terapias domiciliares, como imiquimode e podofilotoxina, que podem ser aplicadas pelo próprio paciente, e procedimentos realizados em ambiente ambulatorial, a exemplo do uso de ácido tricloroacético (ATA), podofilina, eletrocauterização, excisão cirúrgica ou crioterapia. A escolha depende da avaliação médica e das necessidades de cada caso.
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